quarta-feira, novembro 25, 2009

a vitalidade do conhecimento

era gelo que rolava bola de neve
salgueiros de ramadas caídas
flor azul perdeu a cor e pétalas
d’água em falas eclécticas
em descanso natural do mundo
correntes de lágrimas frígidas

as nuvens de matéria indivisível
hesitam e caem sobre pérgulas
floridas na vitalidade do tempo;

reencontram-se a tragédia e poema
imitando a natureza o conhecimento...

quinta-feira, novembro 12, 2009

já no tempo a cultura clássica



Numa pesquisa que, diariamente efectuo, encontrei um poema de 1944 de um brilhante
professor doutor da Univ. de Lisboa, com o pseudónimo Duarte de Montalegre, de quem
dou notícia com os meus cumprimentos.







"POEMA"

Estátua breve
ergue-se em luz,
falou:
-Não queiras, homem, ser quimera
Ó quem me dera
não ser quem sou.

Estátua breve
desfez-se em bruma,
morreu.
E hoje no universo há uma certeza
mas bem me pesa:
-Sou eu!


Duarte Montalegre
[Do livro recentemente publicado
Angústia, 1944]